Mostra “Pneumática” é prorrogada e ganha novas esculturas infláveis, em junho
Na programação, distribuição de catálogos da exposição e performances de baloeiros ao vivo
Publicado em 18 de maio de 2012
“Pneumática”, de Paulo Paes – Foto Rodrigo Braga
Em cartaz no Mezanino do Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio, a exposição Pneumática, do paraense Paulo Paes, foi prorrogada até o dia 22 de junho e, além disso, vai ganhar novos atrativos. Com a participação dos baloeiros da Sociedade de Amigos do Balão (SAB), serão confeccionados seis novos balões, que serão expostos ao público a partir de 5 de junho, às 19h, quando acontece a reabertura da exposição. Ao todo, serão 18 esculturas infláveis, que poderão ser vistas de segunda a sexta-feira. Contemplada no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, a mostra tem entrada gratuita e classificação livre.
Pneumática apresenta a arte dos balões, através de esculturas infláveis. O trabalho é resultado de uma pesquisa sobre balões de papel de seda e do contato do artista com baloeiros das zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
O público também será presenteado com uma performance do artista e dos baloeiros convidados, no dia 6 de junho, às 7h30 da manhã. Essa performance consiste na ancoragem de um balão solar (sem fogo) no pátio do Palácio Gustavo Capanema.
A criação e a construção da obra Pneumática
Ao se apropriar das bases técnicas da arte dos balões, Paes mergulha nas questões puramente espaciais e pictóricas envolvidas, criando objetos infláveis, de caráter efêmero, feitos em papel de seda, dissociados da função original de artefato voador. Seus balões são seguros, pois não usam fogo para serem inflados e não voam. São esculturas de escalas variadas, insufladas por ventoinhas, que ao se encherem de ar ganham volume, adquirem peso e ocupam um lugar no espaço, sempre em nome de uma potência estética que se dá nas relações e na vibração das cores.
Desse modo, “Pneumática” resgata e preserva fundamentos tecnológicos e elementos visuais de uma tradição enraizada na memória coletiva, que está ameaçada de extinção por causa dos riscos que a atividade de soltar balões representa. A exposição cria, assim, uma alternativa para a sobrevivência dessas matrizes culturais populares, através de uma produção autoral de arte contemporânea.
Sua afinidade imediata foi com as técnicas e os materiais utilizados. Além disso, a abordagem estética era bastante similar a algumas referências que o autor trazia na memória: a visualidade oriental, o lançamento executado como em um ritual, as sutilezas da engenharia, o êxtase coletivo provocado pelo balão como objeto estético.
Sobre o artista
Paulo Paes nasceu em Belém do Pará, onde viveu até os 17 anos. Em 1978, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde permaneceu como aluno e, posteriormente, como professor até 1992. Participou de diversas exposições individuais e coletivas. Em 1984, participou da coletiva “Como vai você, geração 80?”, no Rio de Janeiro. Em 1991, foi selecionado para expor na 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1992, concebeu e coordenou, em parceria com Ricardo Basbaum e Ricardo Sepulveda, a exposição coletiva ”Eco-Sensorial”, no Rio de Janeiro.
“Pneumática”, de Paulo Paes
Contemplada no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2010
disponível em :http://www.funarte.gov.br/artes-visuais/mostra-%e2%80%9cpneumatica%e2%80%9d-e-prorrogada-e-ganha-novas-esculturas-inflaveis-em-junho/
último acesso em 21/03/2013
Fonte: Portal da Artes Fundação Nacional de Artes - Funarte