quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Adriana Varejão


Adriana Varejão e a expectativa

Adriana Varejão é a artista que se destaca no cenário da arte contemporânea e suas referências, seus estudos e a prática trouxeram uma bagagem gloriosa, suas obras se destacam pela realidade da vida e faz crítica a sociedade humana.
 
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Cabelos encaracolados, olhar singelo, natureza simples, voz confortante, calma, uma beleza singular num corpo esguio, uma mente brilhante e mãos que traduzem ideias que fazem jus ao trabalho de uma nova arte, de assinatura Adriana Varejão.
Arte como natureza prima. Em um dos grandiosos trabalhos de Adriana Varejão, somos envoltos ao barroco e a transcendência dos azulejos que são reavivados como símbolos de uma revolta e ícones de uma manifestação singular e autêntica.
 
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Num contraponto reconhecemos as entranhas de uma parede, e isto é particular, vem de sua bagagem, seus estudos e dentre sua pesquisas surge uma obra chocante e arrebatadora.
Uso da expressão força quando somos levados a entender (ou não) o que muita vezes esteve tão aos nossos olhos e sequer paramos para analisar. Esta forma de desmontar e apresentar ao público é enlouquecedor, uma parede pulsava até pouco tempo e seus órgãos não são mais cimento, areia e lajotas, mas sim sangue, fígados e intestinos dispostos a demonstrar que ali poderia haver vida.
 
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Seria vida a expressa tradução quando nos deparamos com uma obra de Adriana Varejão.Vida talvez seja sua legenda. Quando a série POLVO se ergue, ela sobrevive, vem das destrezas de uma sociedade e parte para uma forma relevante para compilação da arte nos séculos, e que surge viva nas pinturas de Adriana.
 
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No manifesto com tinta polvo vivemos a expectativa, e encontramos uma trajetória exprimida, pois as referências existem, e numa singularidade vivemos a obra de Adriana Varejão refletidas em rostos caracterizados por uma cultura. Vemos o seu próprio rosto numa paleta de cores mista que revelam em pequena parte o quão grande são as cores e a miscigenação humana.
 
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A poética se mostra atrás das pinturas, nos rostos idênticos de Adriana Varejão. E somos sempre levados a questões que refletem vida e tempo. O tempo separa o branco e se cria as outras cores, o sol, a colonização, as misturas. O tempo machuca as ideologias, e nesse sentido as cerâmicas são marcadas, é como se elas sofressem pela arte e cada fissura contasse-nos um fragmento do tempo.
A representação da técnica se formula através dos estudos que tomam como suporte o tempo. A calmaria de Adriana nos surpreende pela fugacidade de suas obras que nos desperta num sentido analítico e de percepção com o cuidado dos detalhes construídos na trajetória da obra.
 
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É de relevância que por trás de cada obra existem histórias, o trabalho é duradouro e excede o momento da inspiração, o que nos incomoda de maneira ciente é o fato de que as obras permeiam uma crítica à sociedade como também o próprio conhecimento que se tomou em sua construção.
Adriana Varejão surpreende, pois realça o que há de mais instigante na arte contemporânea, pois não se limita ao fato de simplesmente vivermos, mas sim no fato de que existe uma construção e desconstrução. Rege a obra pela presença humana envolta em suas crenças, valores e como em seu último trabalho, os tons de pele segundo os próprios brasileiros os definem.
 
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Adriana Varejão nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1964, onde vive e trabalha. Suas exposições individuais recentes incluem Histórias às margens, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires; Fondation Cartier pour L’Art Contemporain, Paris; Hara Museum, Tóquio; Centro Cultural Belém, Lisboa, Bildmuseet, Umea, Suécia. Suas exposições coletivas incluem as Bienais de Veneza, São Paulo, e Sidney; Tempo, MoMA, New York; ARS 06, KIASMA, Museum of Contemporary Art, Helsinki; Liverpool Biennial, Liverpool, UK Body and Soul, Guggenhein, New York, entre outras. Seu trabalho está presente em coleções como a Tate Modern em Londres, Salomon R. Guggenheim Museum em New York, Hara Museum, Tóquio, Museum of Contemporary Art, San Diego, Stedelijik Museum, Amsterdam, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; entre outras.
 
 
 
 
 

 

Damien Hirst no Brasil

WHITE CUBE RECEBE PRIMEIRA INDIVIDUAL DE DAMIEN HIRST NO BRASIL

Frieze
"Rio", obra que integra a mostra de Damien Hirst na White Cube paulistana

Um dos fenômenos da arte contemporânea internacional, o britânico Damien Hirst chega em novembro para sua primeira individual no Brasil, com uma série inédita intitulada "Black Scalpel Cityscapes".

As 17 obras inéditas que compõem a mostra foram produzidas especialmente para esta ocasião. Descritas pelo artista como "retratos de cidades vivas", elas apresentam uma variada seleção de instrumentos cirúrgicos agrupados de modo a criar visões aéreas de áreas urbanas.

Nas pinturas, todas em fundo preto, Hirst agrupa bisturis, lâminas, ganchos, limalhas de ferro e alfinetes de segurança para retratar elementos urbanos naturais e artificiais, como estradas, rios e prédios. Cada obra é inspirada em cidades reais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Roma, Moscou e Nova York. Ao usar a repetição destes padrões de objetos, Hirst faz uma referência aos procedimentos conhecidos como "ataque cirúrgico", técnica usada em guerra para definir lugares que serão destruídos. Em resumo, a proposta do artista é trazer à tona a ansiedade enraizada da sociedade em relação à vigilância e à digitalização da guerra.

Hirst é um dos mais polêmicos, controversos ? e valorizados ? artistas do cenário contemporâneo. A exposição "Black Scalpel Cityscapes" ocupa a White Cube São Paulo entre 11 de novembro e 31 de janeiro de 2015, com entrada gratuita.

Com informações da White Cube, Veja SP e Estadão.

Fonte:http://www.touchofclass.com.br